Os estudantes dos cursos de Licenciatura em Química, Letras e Pedagogia, da Faculdade Pio Décimo, que são bolsistas do Pibid-Capes (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação (MEC), participaram, no dia 16 de março de 2022, do encerramento das atividades desenvolvidas.“O Pibid da Faculdade Pio Décimo é diferenciado das outras instituições. A gente resolveu fazer um projeto interdisciplinar, no qual os cursos de Química, Pedagogia e Letras estavam trabalhando juntos falando sobre tradições de Sergipe para alunos do 1° e 2º ano do Ensino Fundamental Menor de escolas púbicas”, destacou a Coordenadora Institucional do Pibid na Faculdade Pio Décimo e professora do curso de Química, Ana Angélica Faro, sobre a interdisciplinaridade do Programa.Ao todo mais de 30 alunos da Faculdade participaram do Pibid, que iniciou durante o isolamento social, onde as instituições de ensino tiveram que suspender as atividades presenciais como forma de segurança sanitária contra a covid-19. O encontro presencial com todos os pibidianos só foi possível no dia do encerramento.Apesar do desafio em executar o Pibid durante a pandemia, a Coordenadora avalia positivamente a qualidade dos trabalhos.“O aprendizado gerado foi gigantesco por conta do volume de pesquisa que os alunos precisaram fazer. Os nossos alunos tiveram que pesquisar sobre a cultura sergipana e trabalhar metodologias de ensino”, afirma.Para a Diretora Acadêmica e Coordenadora do curso de Química da Faculdade, Lenalda Dias, a valorização do magistério e a vivência do cotidiano escolar são os pontos mais importantes do Programa.“É na vivência do cotidiano da escola que o aluno tem conhecimento das metodologias, tecnologias e práticas docente. E, através dessa vivência, eles podem estabelecer mecanismos para sanar deficiências no processo ensino-aprendizagem”, diz a Diretora Acadêmica.Além de se empoderarem a cerca das questões ligadas ao desenvolvimento das práticas de aprendizagem, os pibidianos desenvolveram o potencial de habilidades e competências através da criação de produtos pedagógicos.“É como se eles pudessem já criar maneiras e/ou ferramentas para proporcionar conhecimento para os próximos pedagogos e estudantes que vão se empoderar sobre esses assuntos para cada vez mais transformar uma educação de qualidade para todos”, destaca o Coordenador do curso de Pedagogia da Faculdade, no Pibid, Mesalas Ferreira.A respeito do encerramento do Pibid, o Coordenador do curso de Letras no Programa, Frankilin Santos, destacou o aproveitamento e o crescimento intelectual dos alunos. “A gente espera outras oportunidades como essa porque é uma oportunidade de colocar em prática aquilo que eles veem na teoria”.PibidianosAo todo 6 projetos foram desenvolvidos no Programa, são eles: Escuta Atenta e Reciclagem; Como instigar no aluno o desejo de buscar conhecer os personagens de importância cultural sergipana?; Por que alguns animais conseguem respirar dentro da água e outros não?; Por que a queijadinha de São Cristóvão é preparada com coco e não com queijo?; A produção sonora através das vertentes folclóricas do Reisado; e Mangabeiras.Os dois primeiros projetos citados foram executados com os alunos da EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Laonte Gama da Silva. O terceiro na EMEF Bebé Tiúba. O quarto na EMEF Olga Benário, e os dois últimos na EMEF Papa João Paulo II.O projeto Escuta atenta e reciclagem, desenvolvido na EMEF Laonte Gama da Silva, localizada no bairro Santa Maria, retratou sobre a desativação do lixão - que fazia parte da comunidade – e a importância da reciclagem. Quando foi apresentado em sala de aula alguns alunos comentaram que moravam em frente e que alguns pais reciclavam materiais do próprio lixão.“Esse projeto abrangeu o que a comunidade vivenciava ali no dia a dia. Por isso, teve tanto êxito em sala de aula”, relata a professora da Escola e supervisora do projeto, Nilsedy Eufrásio.A aluna do 6º período de Pedagogia, Ana Lívia Gonzaga, contou que participar do Pibid foi uma “oportunidade incrível”, por poder desenvolver um projeto sobre a realidade ‘próxima’ daquelas crianças.O aluno do 8º período de Pedagogia, Diego Silva, explicou como foi a execução do projeto “Como instigar o desejo de buscar conhecer os personagens de importância cultural sergipana?”.“A gente trabalhou a parte sintética da estrutura de um poema e/ou poesia. E estudamos sobre uma das personalidades sergipanas que é Zé Peixe. Muito importante para a nossa história. As crianças deram devolutivas maravilhosas produzindo poemas. E, no final, produzimos um cordel”, conta Diego.“Para a gente, estudante, é muito importante porque é uma forma de nos aproximarmos da docência. Do que nos espera em sala de aula. E, não só para o currículo, mas para nossa vida porque a gente está trabalhando com crianças de preferiria, e que ensinam muito para a gente que com pouco conseguimos levar educação”, acrescenta.Um dos integrantes do trabalho “Por que alguns animais conseguem respirar dentro da água e outros não?”, o aluno do 8º período de Química, Givaldo Francisco, conta como foi a sua participação no projeto.“Eu pude explicar para as crianças como funciona a respiração humana, dos animais, dos peixes, as diferenças respiratórias. Expliquei para os alunos que os peixes não respiram a água, respiram o oxigênio, assim como todos os seres vivos”.O grupo, juntamente com os alunos da EMEF Bebé Água, confeccionaram pulmões artificiais para explicar melhor sobre respiração. A supervisora, professora Jeovania Maria, contou com entusiasmo que o projeto “enriquece bastante” a Escola, pois “traz novas metodologias e novos estímulos para os alunos.”Para a aluna do 7º período de Pedagogia, Stênia Daynara, que fez parte do projeto “Por que a queijadinha de São Cristóvão é preparada com coco e não com queijo?”, participar do programa “foi um aprendizado imenso porque a gente conseguiu ir para sala de aula, durante a pandemia, e desenvolver várias atividades com as crianças”.Laura Dantas, do 6° período de Letras, contou que participar do Pibid, com a execução do projeto “A produção sonora através das vertentes folclóricas do Reisado”, foi “gratificante. Tanto para a Escola quanto para nós, justamente por essa aquisição de conhecimento e reconhecimento social”. Segundo a supervisora e professora da EMEF Papa Paulo II, Aline Cristina, os alunos do 2º ano puderam conhecer um pouco mais sobre o Reisado, folclore regional, e desenvolveram pandeiros – instrumento da manifestação – com materiais reciclados.O projeto Mangabeiras retratou sobre a importância do ‘pé de mangaba’ para o estado de Sergipe. O aluno do 8º período de Química, Cassiano Gonzaga, contou que explicou para os alunos as diferentes formas que a fruta pode ser utilizada para o desenvolvimento da região.“Na parte da Química a gente quis mostrar a parte medicinal. Demonstramos para o aluno que não só o fruto é importante, mas, também, os extratos e insumos para a medicação caseira”.
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